quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Conclusão (Matheus Julio)


O sistema urinário, que é formado pelos rins, ureteres, a bexiga e a uretra, faz a “faxina” do nosso organismo. Os materiais que não são úteis ou que são prejudiciais ao nosso organismo são excretados.
Ocorre alguns casos em que o sistema urinário não consegue fazer seu trabalho corretamente e isso acaba resultando em doenças. As doenças acontecem por duas causas: mau funcionamento de alguma parte do sistema urinário ou por bactérias. No caso das bactérias, podem ocorrer inflamações em algumas partes do sistema urinário. No caso do mau funcionamento de algum dos órgãos pode ocorrer: pedras nos rins, são constituintes urinários que se depositam nos rins e também proteinúria, que é a excreção de proteína em excesso.
Para prevenir as doenças do sistema urinário, algumas medidas podem ser tomadas, além de prevenir essas doenças a qualidade de vida também aumenta. Para se prevenir de doenças no sistema urinário é preciso: Ingerir bastante líquidos para maior formação de urina, favorecendo a eliminação de bactérias, urinar várias vezes ao dia, pois micções freqüentes defendem o aparelho urinário contra a penetração de bactérias, manter rigorosa higiene pessoal e, para as mulheres, evitar roupas justas e calcinhas de nylon ou tecido sintético que impedem a transpiração, é recomendado o uso de calcinhas de algodão.

Fisiologia do sistema urinário


Eliminação da Urina

O processo de eliminação da urina do corpo pode ser dividido em duas fases:  em um primeiro momento, a urina trazida pelo ureteres acumula-se na bexiga, até enchê-la, em seguida ocorre micção, ou seja, o esvaziamento completo da bexiga, com a eliminação da urina pela uretra. A urina acumula-se na bexiga porque um anel muscular presente no ponto de união da bexiga à uretra, o esfíncter uretral, mantém-se contraído, impedindo sua saída. Na parede da uretra também existem músculos que se contraem e impedem a passagem da urina.
Quando a bexiga torna-se repleta, recepetores nervosos em sua parede são estimulados e transmitem a informação ao encéfalo, o que provoca a vontade de urinar. Se a ação puder ser realizada naquele momento, o encéfalo emite estímulos nervosos para a contração da musculatura da bexiga e para o relaxamento dos esfíncteres, com isso a urina é expulsada da bexiga, flui pela uretra e é eliminada do corpo. Os músculos da região pélvica também participam do processo de micção, especialmente nas mulheres.
Os esfíncteres são controlados involuntária e voluntariamente; é por isso que podemos interromper a micção se quisermos. Os recém-nascidos que ainda não desenvolveram o controle voluntário da micção, urinam sempre que a bexiga fica repleta. O controle voluntário da micção só é adquirido por volta de 2 a 4 anos de idade, com o amadurecimento do sistema nervoso.


Por Que a Urina Tem Cor Amarela?



A cor amarela da urina deve-se à presença de uma substância denominada urobilina, proveniente principalmente da degradação da hemoglobina de hemácias vermelhas. No baço e fígado, principalmente, os macrófagos fagocitam hemácias velhas, com mais de 120 dias de vida, e digerem seus componentes, excretando para o sangue bilirrubina, produto de degradação da Hemoglobina. A bilirrubina é extraída do sangue pelo fígado e excretada na bile. A bile é lançada no duodeno. Bactérias intestinais tranformam a bilirrubina em urubilinogêneo, a maior parte  do qual, cerca de 80%, permanece no intestino,onde é oxidada e origina uma substância de cor marrom, a estercobilina, responsável pela cor caracterítica das fezes. Cerca de 20% do urubilinogêneo presente no intestino são reabsorvidos pelas células intestinais e lançados no sangue. O fígado capta a maior parte desse urubilinogêneo e reexcreta-o para a bile. Porém uma pequena parte escapa à absorção pelo fígado, sendo absorvida pelos rins e lançada na urina. Então o urubilinogêneo é oxidado na urubilina, o que faz a urina inicialmente incolor, tornar-se amarela.     

         

O sangue proveniente das artérias renais penetra nos capilares do glomérulo sob alta pressão, o que força a saída de líquido sanguíneo para a cápsula renal. Esse líquido que extravasa o sangue é conhecido com filtrado glomerular ou urina inicial, constitui-se de diversas moléculas de pequeno tamanho, tais como água, uréia, glicose, aminoácidos, sais etc., dissolvidas em água. Diariamente, passam pelos rins de uma pessoa quase 2.000 L de sangue, formando-se cerca de 160 L de filtrado.

Cuidados com o sistema urinário


Os distúrbios renais ocupam o quarto lugar nas doenças que atingem as populações dos países desenvolvidos. Muitas são suas causas: infecções, envenenamento por substâncias químicas, lesões, tumores, formação de cálculos renais (pedras nos rins), paralisia, problemas cardiovasculares, etc.
Uma das doenças renais mais comum é a glomerulonefrite, em que há lesões dos glomérulos renais, com grave prejuízo das funções dos rins. A principal causa dessa doença é a destruição dos glomérulos pelo próprio sistema de defesa do corpo. Por motivos ainda não totalmente conhecidos, alguns glóbulos brancos do sangue passam a produzir anticorpos que atacam os glomérulos renais. Uma vez que o próprio sistema imunitário volta-se contra o organismo, fala-se que esse tipo de glomerulonefrite é uma doença auto-imune.Uma glomerulonefrite pode levar à progressiva perda das funções renais, até que o sangue praticamente não seja mais filtrado então as excreção se acumulam-se e intoxicam o organismo. Nesses casos, torna-se necessário tratar a pessoa com um aparelho denominado rim artificial, que filtra o sangue, ou submetê-la a um transplante renal.

Doenças através de infecções

"A infecção urinária (ITU) é uma infecção que acomete qualquer parte do sistema urinário, desde os rins, a bexiga, até a uretra. É definida como a presença de microorganismos em alguma parte desse sistema. Quando acomete os rins, chamamos de pielonefrite; quando é a bexiga, chamamos de cistite; na uretra é a uretrite; e quando acomete a próstata, denominamos prostatite."

Cistite


A cistite é uma inflamação da bexiga. Essa condição afeta mais freqüentemente as mulheres, mas pode ocorrer em ambos os sexo e todas as faixas etárias. Há vários tipos de cistite, como:
* Cistite bacteriana, o tipo mais comum, o qual geralmente é causada por bactéria coliforme sendo transferida do intestino para a bexiga através da uretra.
* Cistite intersticial é considerada mais uma lesão da bexiga resultando em irritação constante e raramente envolve a presença de infecção. A causa da cistite intersticial é desconhecida, mas suspeita-se que ela possa ser autoimune, quando o sistema imunológico ataca a bexiga.
* cistite eosinofílica é uma forma rara de cistite que é diagnosticada por biópsia. Nesses casos, a parede da bexiga é infiltrada com altas números de eosinófilos (tipo de glóbulo branco). A causa da cistite eosinofílica é desconhecida, porém ela pode ser engatilhada em crianças por certos medicamentos.
* cistite por radiação geralmente ocorre em pacientes passando por radioterapia para tratamento de câncer.

Sintomas da cistite

* Pressão no pélvis inferior.
* Necessidade de urinar freqüente ou urgente.
* Necessidade de urinar durante a noite.
* Cor anormal da urina, similar a infecção no trato urinário.
* Sangue na urina.
* Odor forte da urina.

Tratamento para cistite


Em idosos e pessoas com diabetes, uma vez que existe o risco da infecção se alastrar para os rins, e devido à alta taxa de complicação nessa população, o tratamento imediato é quase sempre recomendado. É aconselhado evitar penetração vaginal até que a infecção seja curada. Para controlar a infecção bacteriana são utilizados antibióticos. É vital que o tratamento com antibióticos, uma vez começado, seja completado. A escolha do antibiótico é preferencialmente guiada pelo resultado da cultura da urina. O monitoramento da cistite inclui culturas de urina para certificar que a bactéria não está mais presente na urina.

Cálculos Renais


O cálculo renal, também chamado de pedras nos rins, é uma doença conhecida pela sua dor de grande intensidade. É uma doença bastante comum, com uma incidência em torno de 3% da população, e com grande taxa de recorrência. Como ocorre? E como prevenir o aparecimento de novos cálculos? Leia neste artigo essas e outras informações sobre os cálculos renais."
O cálculo renal, ou pedra nos rins, é uma massa dura formada por cristais que se separam da urina e se unem para formar pedras. Sob condições normais, a urina contém substâncias que previnem a formação dos cristais. Entretanto, esses inibidores podem se tornar ineficientes causando a formação dos cálculos.
A doença é duas vezes mais comum em homens e seu pico de incidência ocorre entre os 20 e 40 anos de idade.

Tipos de cálculos

Os cálculos renais podem conter variáveis combinações de elementos químicos. O tipo mais comum de cálculo renal contém cálcio em combinação com oxalato ou fosfato (que estão presentes em uma dieta normal e fazem parte dos ossos e músculos). Esses cálculos representam 75% de todos os cálculos renais.
Um tipo menos comum de cálculo é causado pela infecção urinária. Esse tipo de cálculo é chamado estruvita ou cálculo infeccioso. Eles podem ser de grande tamanho e obstruir a via urinária, podendo levar a grandes danos renais.
Ainda menos comuns são os cálculos de ácido úrico, que estão associados com a gota ou quimioterapia, compreendendo cerce de 10% dos cálculos renais, e outros mais raros.

Causas

A causa exata da formação dos cálculos nem sempre é conhecida. Embora certos alimentos possam promover a formação de cálculos em pessoas que são susceptíveis, os cientistas não acreditam que algum tipo de alimento cause cálculos em pessoas não susceptíveis.
Uma pessoa que tenha algum familiar que já teve cálculo renal pode ser mais propensa a desenvolver cálculos. Infecções urinárias, distúrbios renais e metabólicos também estão relacionados com a formação de cálculos. A desidratação, muito importante nos lugares de clima quente, também é um importante fator de risco para a formação dos cálculos renais.
Outras causas de cálculo renal são gota, excesso de ingestão de vitamina D, e obstrução do trato urinário. Certos diuréticos, antiácidos e outros medicamentos podem aumentar o risco de formação de cálculos pelo aumento de cálcio na urina.

Sintomas

Usualmente, o primeiro sintoma de um cálculo renal é uma dor intensa. A dor começa subitamente quando a pedra se move no trato urinário, causando irritação e obstrução. Tipicamente, a pessoa sente uma dor aguda no dorso ou abdômen inferior. Pode ocorrer palpitação, náusea e vômito. Mais tarde, a dor pode chegar até a virilha.
Se a pedra for muito grande para ser expelida facilmente, a dor continua devido à contração dos músculos na tentativa de eliminar o cálculo. Quando o cálculo cresce ou se move, pode aparecer sangue na urina. Com a descida da pedra pode ocorrer aumento da freqüência urinária, forte desejo de urinar e sensação de ardor durante a saída da urina.
Se houver febre e calafrios acompanhando esses sintomas, uma infecção pode estar presente.

Tratamento

Na ocorrência de um episódio de cólica renal, são utilizados analgésicos para alívio da dor e hidratação para corrigir um possível quadro de desidratação, que predispõe a formação dos cálculos.
A maior parte dos cálculos menores que 5mm são eliminados espontaneamente, sem a necessidade de intervenções para sua retirada. Os cálculos maiores de 7mm necessitam, via de regra, de algum tipo de intervenção.
Atualmente o método mais utilizados para eliminação de cálculos maiores que 7mm é a Litotripsia com Ondas de Choque Extracorpórea (LOCE), um aparelho que emite ondas de choque que ao atingir o cálculo fragmenta-o. Esta terapia tem um índice de sucesso em 90 a 100% dos casos para cálculos menores que 2 cm.Existem ainda outras técnicas, a citoureteroscopia, que utiliza a fibra ótica para visualizar o cálculo, a nefrolitotomia percutânea, em que um aparelho é introduzido pela pele e chega até o local do cálculo que pode ser fragmentado, por exemplo, através de lazer, e por fim a cirurgia, última medida terapêutica.















 

 

Proteinúria


A proteinúria é a presença de albumina na urina. A albumina é uma proteína do plasma produzida pelo fígado, através do metabolismo dos alimentos ricos em proteínas (carne, ovos, leite e derivados).
O valor normal no plasma é de 3,5 a 4,5 g/dl. O papel da albumina é conservar o nosso estado nutricional e impedir a saída de líquidos dos vasos sanguíneos e o do rim é manter as proteínas no sangue. Se houver alterações no rim, este vai eliminar a albumina na urina. Com a diminuição da concentração de albumina a água do sangue sai dos vasos, acumulando-se provocando edema (inchaço).

Origem

A proteinúria pode ser de causa glomerular, tubular (fazem parte do rim) ou por excesso:
- Doença glomerular - pode ser devido a uma alteração da permeabilidade da membrana do glomérulo, deixando sair as proteínas para a urina. É a mais freqüente.
- Doença tubular - a reabsorção tubular das proteínas filtradas no glomérulo é baixa.
- Aumento de produção de proteínas de baixo peso molecular que se acumulam no plasma. O túbulo não consegue reabsorver todas as proteínas, sendo eliminadas na urina.

Tratamento

 O tratamento consiste em repor os valores de albumina e descobrir se a causa da perda das proteínas é benigna (ex: a ortostática) ou é devido a uma doença renal. Na maioria é benigna.
Se na análise apresentar proteinúria e glóbulos brancos, é sinal de infecção urinária.
Muitos medicamentos provocam danos aos rins, levando à proteinúria. O médico poderá pedir o exame de eletroforese das proteínas no sangue.
Deve-se procurar a causa e encaminhar o doente para um nefrologista.